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terça-feira, 25 de outubro de 2011

Arcana-dipika Esquema Introdução

 
 
 
Arcana-dipika  Esquema
Introdução
Primeira Parte

Mantras não recebidos via guru-parampara não produzem resultados. Cantar mantras inautênticos não leva à perfeição. Por isso, Sri Bhagavan demonstra ilimitada compaixão pelas jivas de Kali-yuga ao apresentar-lhes o elevadíssimo processo de sadhana-bhajana. [Slokamrta, pg 70 – sampradaya-vihina ye...] Em Kali-yuga, nosso objeto exclusivo de consideração, para o benefício da comunidade sri gaudiya vaisnava na linha de Madhvacarya, é o processo de adoração, em especial os regulamentos recomendados por Mahaprabhu via sastras autorizados escritos pelos Gosvamis e outros acaryas vaisnavas. [parag. 1]

O próprio Sri Bhagavan é o único objeto de adoração dos vaisnavas. São vaisnavas apenas os iniciados nos visnu-mantras, em outras palavras, aqueles que receberam visnu-diksa e que se ocupam na adoração a Visnu. Logo, a aceitação de visnu-diksa, e a consequente ocupação na adoração a Visnu, é o sintoma primário do vaisnavismo. É imprescindível que um iniciado abrace e saboreie a conduta e os deveres obrigatórios prescritos para os vaisnavas, apresentados pela ordem de Mahaprabhu pelos acaryas vaisnavas sob a forma de manteiga fresca resultante da batedura do oceano-sastra. Diversos sastras mencionam que todos os membros dos quatro varnas e quatro asramas têm o direito de se tornar vaisnavas aceitando os visnu-mantras para em seguida se ocuparem na adoração a Visnu. Os esforços fruitivos de um não-iniciado não fazem sentido. [parag. 2]

Por não ter recebido visnu-diksa, tal pessoa não estabeleceu um relacionamento com Sri Bhagavan, motivo pelo qual não se pode reconhecê-la como vaisnava fidedigno. Só se estabelece de forma genuína como vaisnava de verdade aquele cujo sambandha-jñana, ou conhecimento de seu relacionamento com o Senhor, desperta após ele ter se submetido ao princípio regulador da iniciação (diksa-samskara) e recebido os visnu-mantras conforme os preceitos dos sastras. O cantar do maha-mantra não depende de nenhuma regra relacionada à aceitação formal da iniciação. Se podemos alcançar a perfeição pelo simples fato de cantarmos os nomes de Sri Bhagavan, qual é, então, a necessidade de aceitarmos iniciação formal? [sadhya-sadhana-tattva ye kichu sakala... Slokamrta 586; ekam eva sac-cid-ananda tattvam... Jiva Goswami tika sobre nama cintamani krsnas... 576/577 Slokamrta] Muitos têm o conceito errôneo de que a iniciação não é necessária.

[parag. 3]

O processo de diksa desperta no coração da jiva como um relacionamento em particular com Sri Bhagavan. A influência deste relacionamento faz com que aos poucos se dissipem a ignorância de nossa identidade constitucional (avidya) e outros hábitos e pensamentos indesejáveis (anarthas). [ekadesha-vartini (1%-10% anarthas eliminados – sraddha>sadhu-sanga); bahudesha-vartini (70% anarthas eliminados – bhajana-kriya>nistha); prayeki (99% quase todos os anarthas eliminados – ruci>asakti); purna (anarthas eliminados – bhava-dasha, mas ainda há algum cheirinho – este cheirinho, que é vighna, obstáculo, chama-se vaisnava-aparadha – este cheirinho é comparado ao cheiro que permanece no vidro de perfume mesmo depois de vazio); atyantiki – absolutamente livre de anarthas – prema-dasha.] Sem se submeter ao upanayana (iniciação em diksa), ou o procedimento purificatório (samskara) de receber um cordão sagrado, o filho de um brahmana não tem a qualificação para estudar os Vedas. De igual maneira, o não-iniciado não tem a qualificação necessária para fazer adoração a Sri Bhagavan. Esta qualificação, ele só obtém após aceitar diksa. O conhecimento transcendental desperta no nosso coração como efeito de termos recebido diksa, quando realmente nos tornamos seres humanos. Que resultados traz diksa-samskara: (1) nos ilumina quanto ao conhecimento transcendental (divya-jñanam) e (2) destrói o acúmulo de ilimitados pecados (papa-sanksa). Por isso, os conhecedores da verdade chamam este processo de ‘diksa’. [ler versos citados da pag. 66 a 71 do Slokamrta] Portanto, é imprescindível aceitar iniciação e, deste modo, estabelecer um relacionamento em particular com Sri Bhagavan. Ao destruir os pecados e sofrimentos de uma jiva de coração fraco e ao purificá-la e iluminá-la, o processo de diksa em primeiro lugar a eleva ao modo material da bondade (sattva-guna) e, por fim, a estabelece na fase da transcendência.

[parag. 4]

{Gita 14.6, 9, 11, 14, 16 + tradução e comentário ao verso namo brahmanya devaya... pg. 575, 18; 16.1-3 + 2º. Parag. Pag. 613 sobre brahmanas e sannyasis; slokamrta, pg .323 varnasrama-dharma-tattva; comentário de Srila Gurudeva e Srila Visvanatha Cakravarti Thakura sobre sarva-dharman parityajya, esclarecendo que sarva-dharman neste contexto refere-se ao sistema varnasrama, e não a nitya-dharma, mas Srila Gurudeva também diz que, como não somos paramahamsas, devemos seguir daiva-varnasrama}
{Coisas que Srila Prabhupada diz a respeito de brahmana-dharma: 1. Brahmana é aquele que, tendo estado em algum lugar, ao sair do mesmo, deixa-o mais limpo. 2. Um brahmana deve cozinhar para si mesmo. 3. O termo brahmana é antônimo do termo krpana, ou seja, krpana significa miserável, avaro, e brahmana, caridoso, compassivo, isto é, um ser humano sempre ocupado em fazer o bem ao próximo. 4. O brahmana deve tomar pelo menos 3 banhos por dia. 5. O brahmana é independente de tudo e todos e cem por cento dependente de Krsna. 6. Em seus Significados Bhaktivedanta, Srila Prabhupada fala bastante sobre a saúde da sociedade humana, sem a qual a prática e a divulgação da consciência de Krsna enfrentam muitos obstáculos; ele também fala que a sociedade contemporânea é um corpo social sem cabeça, porque a cabeça da sociedade são os brahmanas, e nos tempos modernos não há seres humanos atuando como brahmanas autênticos – os que assumem este papel hoje em dia deixam-se corromper pelos outros varnas em troca de vida cômoda e dinheiro fácil; na verdade, o brahmana é um estudioso, um erudito que se refere constantemente ao sastra para esclarecer e resolver questões na rotina da sociedade humana; Srila Prabhupada é o exemplo perfeito de um brahmana vaisnava, o que significa que ele demonstra perfeitamente as qualidades de um brahmana (Gita 18.42) e ao mesmo tempo vive absorto em consciência de Krsna; ainda em seus Significados, Srila Prabhupada incentiva seus discípulos e leitores a adotar uma forma de vida alternativa, tanto que fundou diversas comunidades rurais durante sua prakata-lila; ele dizia que só os pregadores, os distribuidores de livros, devem viver nos centros urbanos, e todos os demais (famílias, idosos, inválidos) devem viver no campo, cultivar a terra, enfim, ser simples; os Significados Bhaktivedanta também discorrem sobre o papel fundamental dos brahmanas na civilização védica, a exemplo dos brahmanas que sacrificaram o demoníaco rei Vena e, da perna direita deste rei, trouxeram ao mundo Prthu Maharaja e sua rainha Arci para restabelecerem um reino próspero e harmonioso no mundo material; no Radha-Krsna-ganodesa-dipika, Srila Rupa Goswami fala dos quatro tipos de brahmanas que vivem em Braja e também dos seis deveres destes brahmanas.}



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